sábado, novembro 27, 2010

Maria Mediadora das Almas

Novembro - mês das Almas do Purgatório - 27.º Dia


“Avé, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc. 1, 28).

“Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc. 1, 38). A partir desse momento do Fiat, Nossa Senhora passou a ser a cooperadora directa na obra da redenção, ao conceber o Salvador, sendo, ao mesmo tempo, a principal mediadora - a ponte - entre Jesus Cristo e os homens. Por meio dela, Cristo pode vir ao mundo. Por meio dela, a salvação pode chegar a cada um de nós.

Ela é, assim, a bissectriz que leva a Jesus. Está aí o sentido da mediação de Maria: levar as almas para Cristo - os membros da Igreja Militante e os membros da Igreja Padecente.


Ela é a porta do céu, a porta da vida eterna, o portão celeste pelos quais passamos do exílio para o céu, as portas abertas do paraíso.

Porque Ela é a Mãe do Nosso Salvador, a Rainha do Céu e da Terra. Então voltamo-nos para Ela, a Santa Mãe de Deus, a quem invocamos sob muitos nomes, e humildemente lhe imploramos para aliviar e libertar as almas que suspiram na prisão do Purgatório.

Oração a Nossa Senhora de Montligeon
pelas almas abandonadas do Purgatório:

Nossa Senhora de Montligeon,
tende piedade das santas almas retidas por certo tempo longe de vós no fogo purificador, quebrai as suas cadeias e livrai-as do abismo onde gemem, aspirando à pátria e suspirando pelo momento feliz da união definitiva com Deus que os seus corações desejam ardentemente.
Tende pena sobretudo das almas mais abandonadas. Por elas vos rogamos especialmente.
Ó Mãe de bondade, dignai-vos aceitar as nossas súplicas e atendê-las. Nós vo-lo suplicamos, Maria, reuni-nos todos no céu, junto a Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso adorável Filho, que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos.
Amén.

terça-feira, novembro 16, 2010

O Purgatório na Escatologia Cristã

Novembro - mês das Almas do Purgatório - 16.º Dia

"Está determinado que os homens morram uma só vez, depois do que vem o juízo" (Hb. 9, 27).

O primeiro evento escatológico será a morte. A crença na vida após a morte do corpo, de acordo com a teologia cristã, inclui a crença num estágio intermediário entre a morte e a ressurreição. A alma, imaterial, experimenta um juízo particular depois da morte enquanto separada do corpo.

"Escatologia cristã é o estudo do fim das coisas, tanto o fim de uma vida individual, ao final da época, ou o fim do mundo. A palavra "escatologia" é derivada de duas palavras gregas que significam: "passado" e "estudo". Em termos gerais, é o estudo do destino do homem como é revelado na Bíblia, fonte primária de todos os estudos sobre escatologia cristã.
A escatologia é concentrada em explicar a vida após a morte, começando com a morte até ao julgamento pessoal que segue a morte do indivíduo, e seguido pelo destino do céu ou do inferno. (Na teologia católica, o céu às vezes é precedido por um purgatório)." - (Fonte: wikipedia)

Mas a escatologia não é o que acontecerá só depois da morte, a escatologia iniciou-se com a Morte e Ressurreição de Cristo:
«Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também devemos crer que Deus levará, por Jesus, e com Jesus os que morrem n'Ele.» (I Tes. 4,14)
Porque, assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo». (1 Cor. 15, 22)

Assim, a escatologia cristã prende-se ao que afirmamos no Credo: «Creio na ressurreição da carne»; e depois, «Creio na remissão dos pecados e na vida eterna».

"Deus não condena ninguém: oferece a todos, na liberdade, a salvação pela qual Cristo morreu e ressuscitou. Deus faz tudo pelo homem, menos tirar-lhe a liberdade, porque seria desfazê-lo. É cada um que se abre, no tempo, à salvação ou condenação eternas, conforme o estilo de vida adoptado na terra.
Com a morte acaba o tempo e a possibilidade de mudança ou conversão, entrando-se na eternidade.
Com a morte fica, portanto, definitivamente marcada a sorte que cada um escolheu no tempo: a vida eterna em Deus e com Deus (céu) ou a vida eterna à margem de Deus (inferno). Nesse sentido, nada poderemos fazer para alterar o destino dos mortos. Nem o próprio Deus pode libertar os mortos da condenação que livremente escolheram em vida." (Fonte: Veiga, Américo. Como ser Cristão?. Editorial Perpétuo Socorro)

Mas a Igreja Católica crê num estado espiritual, conhecido como Purgatório, onde as almas que não merecem o inferno, mas não estão completamente prontas para o céu, passam por um processo final de purificação.
A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório sobretudo nos Concílios de Florença e de Trento.
Fazendo referência a certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala do Purgatório como sendo um fogo purificador - uma «Chama Viva de Amor», como diz S. João da Cruz. Uma Chama Viva de Amor de Deus, que purifica as almas em ordem a levá-las ao seu encontro com Ele no Céu “onde não entrará nada de impuro” (Ap. 21,27). Ali gozarão para sempre de perfeita felicidade na glória celeste. Primeiro, só a alma. E depois da ressurreição da carne, unida ao próprio corpo.

Temos que admitir, portanto, a existência desse lugar de purificação que Deus, na Sua Sabedoria e Bondade infinitas, criou para conciliar as exigências da Sua Justiça Divina com as do Seu Amor misericordioso.


Podemos e devemos, pois, fazer orações e oferecer sacrifícios por todas as almas em geral, porque não sabemos quais estejam realmente a necessitar, e em condições de receber o mérito dessas nossas orações e sacrifícios oferecidos a Deus por elas. Estas orações e sacrifícios nunca ficarão sem efeito, sobretudo as Santas Missas que fizermos celebrar por elas, pois Deus fará a sua aplicação às almas que mais precisadas estiverem.

«Deus Pai todo-poderoso, que nos fortalecestes e assinalastes com o mistério da cruz e da ressurreição do Vosso Filho, concedei benignamente que os vossos servos libertos desta vida mortal, sejam associados ao convívio dos Vossos santos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito santo. Amen.» (Do Ritual das Exéquias)

sexta-feira, novembro 05, 2010

Creio na Comunhão dos Santos

Novembro - mês das Almas do Purgatório - 5.º Dia

"Assim como o corpo é um só e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, constituem um só corpo, assim também Cristo.
Foi num só Espírito que todos fomos baptizados, a fim de formarmos um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres; e todos temos bebido de um só Espírito. Porque o corpo não consta de um só membro mas de muitos.
[...] Se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; e se um membro é honrado, todos os membros se alegram com ele. Vós sois o corpo de Cristo e Seus membros, cada um na parte que lhe toca." (cf:1Cor. 12, 12-27)

“Assim nós, que somos muitos, constituímos um só corpo com Cristo, sendo individualmente membros uns dos outros” (Rm 12,5).
Somos comunhão.

Comunhão, na sua origem latina communio formou-se de cum, que significa "com" ou "em comum", e munio, proveniente do termo munus que, por sua vez, significa "cargo", "função", "ofício".
Portanto, na origem "comunhão" significava a realização em comum de um cargo ou função, a participação comum (comum união) na mesma tarefa, no mesmo trabalho.
É assim que se forma a unidade: esta nasce do contributo complementar de várias pessoas para o mesmo fim.

A Igreja é communio sanctorum, comunhão dos santos, ou seja, comunidade de todos os que receberam a graça regeneradora do Espírito, pela qual são filhos de Deus, unidos a Cristo e chamados santos.

Quando falamos da Comunhão dos Santos, não nos referimos simplesmente à ligação (comunhão = comum união) de um cristão com outro na Terra.
A realidade da “Comunhão dos Santos” é mais ampla:
abarca a Igreja Militante (que somos nós que ainda peregrinamos pela Terra);
a Igreja Padecente (as almas que se encontram em purificação no Purgatório);
e a Igreja Triunfante (os santos que já se encontram junto de Deus no Céu).

Portanto, as almas que deixaram a terra e estão destinadas ao céu, mas que têm ainda de se submeter à purificação no Purgatório antes que possam atingir a sua meta, também são santas e estão em comunhão com o resto da Igreja.

Assim, a comunhão significa, fundamentalmente, um laço espiritual entre todos os cristãos em particular e entre todos os homens em geral, pela qual as orações e sacrifícios de uns lucram misteriosamente para todos aqueles para quem eles são dirigidos.

Daí que seja "um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam livres dos seus pecados." (cf: 2 Mac. 12,46)


«Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso entre os esplendores da luz perpétua; que descansem em paz. Ámen.»


De modo semelhante ao do mês de Outubro, dedicado ao Rosário, continuamos em Caminhada conjunta no mês de Novembro que é dedicado à oração pelas Almas do Purgatório.
Por ordem, sucessivamente durante todo o mês, somos:

1. Teresa
2.
Gisele
3.
Felipa
4.
Canela
5.
Fa menor
6. Mer
7.
Ailime
8.
Utilia
9.
Dulce
10. Maria Luiza
11. Folhas de silêncio
12.
Malu

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