quinta-feira, dezembro 17, 2015

As Antífonas do Ó


A Liturgia das Horas do dia 17 ao dia 23 de Dezembro expressa de forma poética a chegada do Senhor, nas antífonas das Vésperas, chamadas "Antífonas do Ó”.

São sete estas antífonas que nos lembram a plenitude de Deus que é “tudo em todos”.

Além disso, somam as letras que constituem o acróstico invertido: “ERO CRAS”, isto é, Estarei (aí) amanhã!

17  S apientia 
18  A donai 
19  R adix Jesse 
20 C lavis David 
21  O riens 
22  R ex Gentium 

17 de Dezembro:
Ó Sabedoria, que saístes da boca do Altíssimo (Eclo 24,3), Vós estendeis-vos até aos confins de todo o universo, e com fortaleza e benignidade governais o mundo inteiro (Sb 8,1): Ó, vinde ensinar-nos o caminho da prudência! (Is 40,14);

18 de Dezembro:
Ó Senhor, guia da casa de Israel (Mt 2,6), que aparecestes a Moisés no fogo da sarça ardente e que no Sinai lhe destes a vossa lei: Vinde resgatar-nos com o vosso braço poderoso! (Jr 32,21);

19 de Dezembro:
Ó Raiz de Jessé, ó estandarte levantado em sinal para as nações! (Is 11,10); ante vós se calarão os reis da terra e as nações implorarão misericórdia (Is 52,15): Vinde salvar-nos! Libertai-nos sem demora! (Hab 2,3);

20 de Dezembro: 
Ó Chave de David, e Ceptro da casa de Israel, que abris e ninguém pode fechar, fechais e ninguém pode abrir (Is 22,22): Vinde logo e libertai das prisões os cativos que vivem nas trevas e na sombra da morte. (Sl 106,10); 

21 de Dezembro:
Ó Sol nascente, justiceiro, resplendor da Luz eterna (Hab 3,4): Ó vinde e iluminai os que jazem nas trevas e, na sombra do pecado e da morte, estão sentados! (Lc 1,78); 

22 de Dezembro:
Ó Rei das nações, desejado dos povos (Ag 2,8): Ó Pedra angular, que os opostos unis (Ef 2,20): Ó vinde e salvai este homem tão frágil, que um dia criastes do barro da terra! (Gn 2,7);

23 de Dezembro:
Ó Emmanuel: Deus-connosco, nosso Rei Legislador (Is 32,22), Esperança das nações e dos povos Salvador (Gn 49,10): Vinde, enfim, salvar-nos, ó Senhor e nosso Deus!


domingo, dezembro 06, 2015

Tua voz que clama no silêncio


"O som do mar e as estrelas 
Falam tanto de Ti 
Tua voz que 
Clama no silêncio 
Que me queres aqui 
Perto de Ti"


terça-feira, setembro 15, 2015

Nossa Senhora das Dores


(também chamada Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, e invocada em latim como 'Beata Maria Virgo Perdolens', ou 'Mater Dolorosa')

O dia da memória de Nossa Senhora das Dores é em 15 de Setembro

Mas a Igreja também dedica tradicionalmente a última Sexta-Feira da Quaresma (antes da Semana Santa) às 7 dores de Nossa Senhora. 

Essas 7 dores teve-as ao longo da vida, depois de ter aceitado ser a Mãe de Deus feito Homem, Jesus Cristo. Mas as piores aconteceram na Paixão do Seu Filho.

Nossa Senhora das Dores surge representada sendo ferida por sete espadas no seu coração imaculado (algumas vezes uma só espada), dado ter sido trespassada por uma espada de dor, aquando da Paixão e Morte do seu Filho, unindo-se ao seu sacrifício enquanto redentor. 

O culto à Mater Dolorosa iniciou-se em 1221, no Mosteiro de Schönau, na Germânia. 

Em 1239, a sua veneração no dia 15 de Setembro teve início em Florença, na Itália, pela Ordem dos Servos de Maria (Ordem Servita).

Em revelações a Santa Brígida (aprovadas pela Igreja Católica), Nossa Senhora prometeu conceder Sete Graças a quem rezar, todos os dias, sete Ave-marias em honra das suas Dores e Lágrimas, 
meditando sobre as mesmas.

E também para fazer companhia à nossa querida Mãe é tradição rezar o Terço das Sete Dores da Virgem Maria: um Pai-nosso e sete Ave-marias por cada uma das 'dores' de Maria

A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria:
 
1ª. - As profecias de Simeão na apresentação de Jesus no templo
         (Lc 2,34-35);
2ª. - A fuga da Sagrada Família para o Egipto
         (Mt 2,13);
3ª. - O Menino Jesus perdido e encontrado no Templo
         (Lc 2,43-45);
4ª. - O Doloroso encontro de Maria com Jesus no caminho do Calvário
         (Lc 23,26);
5ª. - Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz
         (Jo 19,25);
6ª. - Maria recebe o corpo de Jesus nos braços aos pés da Cruz
         (Mt 27,57-59);
7ª. - Maria observa o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro
         (Jo 19,40-42).


(A Santíssima Virgem é ainda honrada no mês de Setembro, além do dia 15, nas seguintes festas:

*Natividade de Nossa Senhora - a 8 de Setembro ;

**Santíssimo Nome de Maria - a 12 de Setembro.)

***
"Perguntai aos enfermos para que nasce esta Celestial Menina. Dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; 
perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; 
perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; 
perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; 
perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; 
perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança; 
os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; 
os discordes: para Senhora da Paz; 
os desencaminhados: para Senhora da Guia; 
os cativos: para Senhora do Livramento; 
os cercados: para Senhora da Vitória. 
Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho;
 os navegantes: para Senhora da Boa Viagem;
os temerosos da sua fortuna: para Senhora do Bom Sucesso; 
os desconfiados da vida: para Senhora da Boa Morte; 
os pecadores todos: para Senhora da Graça; 
e todos os seus devotos: para Senhora da Glória. 
E se todas estas vozes se unirem em uma só voz (...), dirão que nasce (...) para ser Maria e Mãe de Jesus". (Pe. António Vieira)

segunda-feira, julho 27, 2015

Tradições – das orações e expressões orais II

Na senda de recolhas de Orações Tradicionais Antigas da Religiosidade Popular
-  Oração ao Justo Juiz Divinal 
(para proteger nas viagens e quando se sai de casa; contra o mal e contra as injustiças) 

"Justo Juiz Divinal, filho da Virgem Maria,
que em Belém fostes nascido,
em Nazaré fostes criado;
crucificado entre toda a judiaria.
Peço-vos, meu Deus e Senhor,
pelo Vosso Santo dia,
Que me guardeis de noite e de dia;
Que eu não seja preso,
nem ferido, nem morto,
Nem na injustiça envolto.

Pax tecum, pax tecum,
Disse Jesus aos seus Discípulos.

Se vierem para me ofender
Tendo olhos, não me vejam,
Tendo boca, não me falem,
Tendo mãos e não me peguem;
Tendo braços, não me prendam,
Tendo pernas, não me alcancem.

Com as armas de São Jorge serei armado,
Com a capa de Abraão serei coberto,
Com o leite da Virgem Maria serei borrifado,
Com o sangue do Senhor Jesus Cristo serei baptizado,
Na arca de Noé serei arrecadado,
Com as chaves de São Pedro serei fechado,
Para que os meus inimigos não me possam ver,
Nem ferir, nem matar,
Nem sangue do meu corpo tirar,
E nem em pensamento me possam fazer mal.

Por aqueles três sacerdotes revestidos ao altar,
Por aqueles três Cálices Benzidos,
por aquelas três Hóstias Consagradas,
que consagrastes ao Terceiro dia,
Peço-vos meu Deus e Senhor
Que me dês aquela doce companhia,
A que deste sempre à Virgem Maria,
quando veio desde Belém até Jerusalém.
Que eu vá e volte na mesma alegria.
Que eu seja tão bem guardado tanto de noite como de dia,
Assim como andou Jesus Cristo no ventre da Virgem Maria.

Deus adiante, paz na guia!

Em louvor de Nosso Senhor
e da Virgem Maria,
Um Pai-Nosso e uma Ave-Maria..."

quinta-feira, maio 28, 2015

Tradições – das orações e expressões orais I


Aproveitando as reuniões diárias da recitação do terço do rosário, na capelita da aldeia, procurei recuperar, junto das participantes, algumas orações antigas tradicionais transmitidas oralmente de uma geração para outra.

A oração/lenga-lenga que se segue foi-me ensinada, em criança, pela minha avó paterna, que me a fazia recitar ao pôr-do-sol. Com o passar dos anos acabei por me esquecer de algumas partes e do seu encadeamento. 
Ei-la agora recuperada:

"Já o sol se vai escondendo, por detrás daquela serra;
Com uma capelinha (ou capinha?) vermelha que lhe deu a Madalena.
Madalena escreveu uma carta a Jesus Cristo;
O portador que a levava era o padre São Francisco.
O padre São Francisco, vestidinho de burel,
Vai beijar as cinco chagas ao divino Emmanuel.
O divino Emmanuel, cheio de chagas e feridas,
Vai-se lavar - o divino Emmanuel - nos braços de Margarida.
Margarida não está lá, foi à Senhora da Luz;
Estão os Anjos cantando na capela de Jesus.
Na capela de Jesus, filho da Virgem Maria,
Rezemos um Pai-Nosso e uma Ave-Maria..."


quarta-feira, abril 01, 2015

5.º Mistério Luminoso - A Instituição da Eucaristia (e o Preciosíssimo Sangue)


“Mistério de luz é, enfim, a instituição da Eucaristia, na qual Cristo Se faz alimento com o seu Corpo e o seu Sangue sob os sinais do pão e do vinho, testemunhando «até ao extremo» o seu amor pela humanidade (Jo 13, 1), por cuja salvação Se oferecerá em sacrifício.”


Na Quinta-feira Santa, na última ceia,  Jesus Cristo instituiu a Eucaristia. Na noite em que ia ser entregue, ofereceu a Deus o seu Corpo e o seu Sangue, sob as espécies do Pão e do Vinho, e entregou-os aos seus discípulos: "tomai todos e comei... e bebei; fazei isto, sempre, em memória de mim." (cf: 1 Cor.11, 23-25)

....
E, segundo a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição, na Quinta-Feira Santa, após a Última Ceia e antes de ser entregue por Judas, Jesus suou sangue durante a agonia no Horto da Oliveiras, em Jerusalém. 

No dia 1 de Julho comemora-se o dia do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Todo o mês de Julho Lhe é dedicado.

sábado, fevereiro 14, 2015

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